VIAGENS E EVENTOS
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A experiência única que os livros geram é materializada a cada dois anos pela Bienal do Livro de São Paulo. Este ano, após o desastre pandêmico que tivemos que passar, a retomada gerou muita expectativa e foi quase impossível de perder.
Achei muito legal que esse ano tinha uma variedade de tipos de literatura que há muito tempo eu não via, nas outras edições sempre existia um “foco” em algum tipo específico, desde livros internacionais famosos, em alta, ou um foco quase que saturado na literatura nacional.
LITERATURA NACIONAL
Ter tudo é na verdade uma faca de dois gumes. A Bienal deste ano acabou abraçando espaços literários que eu considero um pouco problemáticos: muitos livros religiosos, mas imensamente moralistas, muito conteúdo de pseudociência sendo vendido com o filtro científico em stands gigantescos.
PROBLEMATIZAÇÃO
E muitos livros dark. Eu consigo entender o apelo, mas não dá para não problematizar, é preciso muita consciência para ler a literatura dark e enxergar os limites (vi um livro de romance que o personagem principal era membro da KKK e, particularmente, isso vai muito além do limite social e ético).
LITERATURA DARK & TABOO
Mais uma vez, a variedade de conteúdos é legal, não deixa de ser, contudo transformou a experiência da Bienal numa grande loja de livros, na qual poderiam ter sido exploradas mais atrações, diálogos, conversas e novidades desse mundo.
UMA GRANDE LOJONA
Um espaço que eu sempre gostei é o “Cozinhando Palavras” - uma parte da Bienal que envolve literatura e culinária - e, apesar da lista divertida de bate-papos que tinha no site, era um espaço muito pequeno e, como estava tudo muito cheio, era difícil de aproveitar e acessar.
LIVROS E COMIDA
Um espaço que eu sempre gostei é o “Cozinhando Palavras” - uma parte da Bienal que envolve literatura e culinária - e, apesar da lista divertida de bate-papos que tinha no site, era um espaço muito pequeno e, como estava tudo muito cheio, era difícil de aproveitar e acessar.
LIVROS E COMIDA
Me senti passeando por um grande shopping de livros absurdamente abarrotado de gente. Ao mesmo tempo em que a Bienal poderia se parecer com uma loja imensa, ainda sim, não conseguiu competir com a Amazon, por exemplo.
LOTAÇÃO
Contudo, o evento foi um importante respiro para a comunidade literária, visto que - por causa da pandemia, não tínhamos algo assim há bastante tempo. Deu pra ver a força que comunidades online de leitores tomaram nesse meio tempo, principalmente pelo crescimento do tiktok.
A IMPORTÂNCIA DA BIENAL
Em grandes stands, inclusive, tinham espaços de livros indicados como “Bombando no TikTok”. Tinha muito cosplay - que depois eu achei até nas redes sociais - e expressividade.
A FORÇA DO TIKTOK
A Bienal do Livro de 2022, apesar de não ser uma das melhores Bienais que já tive o prazer de ir, trouxe uma revigorada para entender a força que a literatura tem no Brasil, mesmo num espaço não muito bem pensado.
E QUE VENHAM MAIS!
Para uma edição pós pandemia foi servido o que tinha para servir, mas acredito que ainda tem muito a ser melhorado para ser tão bom quanto em edições passadas.
ESPAÇO PARA MELHORARR