Eu e o video game III: Playstation 2 - Dropando Ideias

playstation 2 gif dropando ideias eu e o video game.gifAgora a saga Eu e o video game é uma trilogia (confira: I e II), e devo dizer que o console dessa terceira parte da saga é nada mais nada menos do que parte da vida de todas as pessoas. Todas. Independente se a pessoa teve o console o não, ela – seja sua madrinha, seu bisavô ou a vizinha – já ao menos viu alguém jogando nesse console e até mesmo foi convidado para jogar.

O playstation 2, um dos consoles mais vendidos no mundo, com mais ou menos 153 milhões de unidades vendidas, pode ser descrito com poucas palavras: fodásticamente um clássico da pirataria. E é por isso mesmo que eu digo que ele é um console que fez parte da vida de todas as pessoas.

Quem não lembra de Shadow of the Colossus, GTA San Andreas, Final Fantasy X/X-2, Resident Evil, Kingdom Hearts, e taaaaaaaaantos outros? O Playstation 2  teve um número TÃO grande de jogos e sagas boas que eu perderia linhas e linhas discorrendo sobre todos eles. Além também de alguns apetrechos muito legais pro console…

Como dito no episódio anterior, meu playstation 2 fora roubado, e eu fiquei uma semana agoniante, triste e sozinha sem ter o que fazer em casa. Eis que um dia meu pai chega com uma caixa grande, branca com detalhes em azul, e eis que eu – que na época ainda estava aprendendo a escrever direito, mas video game é video game, né? – reconheço na caixa em letras garrafais… “PS2” e meu coração vai a loucura.

De início, o Playstation 2 não vinha com um memory card, ou seja, eu fiquei uns 3 dias com ele ligado direto, por que eu não queria perder o meu avanço em Shrek 2, o primeiro jogo que ganhei pro console.

Shrek 2 dropando ideias eu e o video gameShrek 2 me marcou não só por ser o primeiro jogo de PS2 que eu joguei, mas também por possibilitar que quatro pessoas jogassem ao mesmo tempo, e sem ter que fazer uma divisão de tela chata pra caramba.

Junto com o memory card meu pai trouxe o adaptador para quatro controles. E dai já viu né? A notícia se espalhou entre os meus amigos “A Let ganhou um PS2 que da pra jogar de quatro pessoas!” “Quatro? Mentira! Temos que ver isso!”; esses apetrechos legais não ressoavam tanto quanto hoje entre a minha galera, já que o mundo não estava ainda não ligado na internet e não havia troca de informações e virais tão facilmente como hoje, então muita gente não acreditou quando eu falei. E quando viram tomaram um super facepalm.

Quando eu dei por mim, todo dia tinha vários amiguinhos na minha casa, que levavam os gameboys com os link cables, as fitinhas de pokemon e o Final Fantasy Adventure (prometo que tratarei também das minhas aventuras com os portáveis, eles também tem grandes histórias  😀 ), e jogavam enquanto esperavam a vez deles de jogar x1 Dragon Ball Z: Budokai Tenkaichi, “Quem perder passa o controle!” não era uma regra, era lei.

Então, nos reuníamos no sofá com várias almofadas, minha mãe trazia os sucos e os leites com toddy, meus amigos traziam salgadinhos e doces fini; e essas são umas das melhores lembranças que eu tenho da minha infância. Com as jogatinas online ainda não tão populares como na sétima geração – e a pirataria de games rolando solta, adoidada e livre como um unicórnio -, o jeito para jogar junto era se juntar fisicamente.

gta san andreas dropando ideias eu e o video game.gif

Não foram poucas as vezes que eu fui escondida da minha mãe – durante as reuniões de família de férias – para o porão da casa da minha avó com meus primos pra jogar GTA San Andreas. A violência gratuita, misturada com a “sem noção” do game (vide gif a cima), daquele jogo era o máximo para crianças de 9~10 anos que davam risada de gente falando “pum”.

gta san andreas dropando ideias eu e o video gameNunca fazíamos as missões, nunca! (Não que eu me lembre, né…) Era apenas aquele caos; queimar carros, atropelar prostitutas, matar gente igual um psicopata e aquele blablabla todo. Você matava alguém, vinha a ambulância, você matava o cara da ambulância, roubava a ambulância, e atropelava pessoas com a ambulância até vir outra ambulância e ficar num loop infinito!

Que esse relato sirva de lição para aqueles que acreditam que o video game violento gera crianças violentas; joguei jogos bem piores que esses ao longo da minha vida, e nem por isso transformei meus pais em strogonoff numa noite fria.

Como nos outros consoles, houveram muitos e muitos e muitos jogos que marcaram. Tanto por sua trama, quanto por o que se passava na minha vida enquanto eu jogava-os; E a lista ficaria um pouco grande pra esse post… Lembro-me de jogar Crash Titans com minha vizinha – que vinha uma vez por ano pra minha cidade -, e de ficar brava com a minha mãe quando ela não largava o controle o dia inteiro, jogando Madagascar, ou Era do Gelo; Lembro também de dar um controle mal plugado pro meu irmão – por que o jogo era de um, e eu não queria ter que brigar com uma criança de 5 anos, nem ter que revezar quem ia jogar (até por que ele não jogava nada).

E lembro-me quando eu encontrei um console com controles sem fio pela primeira vez. Podem imaginar qual é?  🙂

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