O ano finalmente acabou, e independente de 2016 ter sido um ano bom ou ruim num contexto geral, para mim ele com certeza foi bom numa coisa: joguinhos. Acho que desde 2012 eu não jogava tanto como eu joguei em 2016 (talvez isso tenha a ver com meu namorado ter mais de 400 jogos na Steam e agora a gente morar junto, mas isso não vem ao caso), e isso pra mim é com certeza uma vitória. Eu amo vídeo games, amo falar e escrever sobre eles, mas eu sempre tive que me forçar um pouco a sentar e jogar pra valer. Vai entender.
Resolvi então fazer uma pequena listinha com as coisas que mais gostei de jogar em 2016 – apenas jogos lançados no ano, sem nenhum ranking específico, organizados pela ordem em que eu joguei -, pra além de postar mais conteúdo sobre games aqui, também deixar registrados os momentos desse ano incrivelmente bizarro que foi 2016. Fica tranquilo que aqui não tem spoiler!
Stardew Valley
O ano começou com eu não-tão-perdida-porém-muito-sozinha em São Paulo; comprei Stardew Valley bem no início do ano simplesmente porque vi fazendinha e pixels numa mesma imagem (também numa tentativa meio desesperada de ocupar minha cabeça), o que não é muito mais do que o necessário para amarrar meu coração.
O game é um indie de simulação de fazenda, totalmente na pegada de Harvest Moon. Tem muitas coisas para fazer e eu acredito que poderia perder muito mais tempo nele evoluindo minha fazenda, pescando, indo a festivais, explorando dungeons ou namorando. É um game extremamente leve e rodou sem problema algum no meu notbook mais caroça, o que foi ótimo pois pude jogar durante viagens.
https://youtu.be/XEolTrhigW0
Passei umas boas horas nele tentando ser a fazendeira exemplar que cultiva milho, cria galinhas, e ainda tem tempo para ir bater um papo com a galera na cidadezinha; mas logo me enchi o saco e dei um jeito de aumentar meu dinheiro no jogo usando alguns códigos. É feio, eu sei, mas para mim esses games nunca perdem a graça só porque fiquei rica, pelo contrário.
Mas, daí, percebi que de nada me valia tanto dinheiro e terras se eu não tinha ninguém para dividir comigo aquilo tudo; e resolvi que eu ia fazer a Leah ser minha esposa,e seríamos o casal lésbico mais fofo de toda cidade. Porém ainda não conquistei o coração da bandida – acho que ela é vegetariana, fico dando algumas saladas pra ela me amar mais e ela fica bem feliz -, quem sabe daqui a algum tempo.
Oxenfree
Oxenfree foi o primeiro dessa lista a ser lançado, mas eu só consegui joga-lo alguns meses depois. Fiquei interessada quando “mais ou menos” assisti meu namorado jogando na sala de casa, intercalando entre minutos de soneca e assistir à jogatina. Confesso que ainda não terminei o game – estava mais ou menos na metade quando parei, pensando em joga-lo como uma série no canal -, mas prometo joga-lo ainda em janeiro de 2017.
Eu sou cagona pra caramba, então fiquei apavorada em vários momentos, mas nossa… Como esse game me prendeu. Eu particularmente tenho uma certa preguiça de jogos que não tem uma forte experiência narrativa, mas felizmente Oxenfree não falha comigo nesse ponto e tem uma história e diálogos fantásticos.
Olhando por cima é uma trama que até parece bem clichê – adolescentes que se juntam para curtir numa ilha deserta, até que, puff!… as coisas ficam estranhas -, mas a forma não tão linear de contar a história, as mecânicas de uso do rádio para desenrolar os acontecimentos, as conversas entre os personagens sempre com opções de diálogo, as escolhas que tornam possíveis diferentes acontecimentos e até uma quebra na quarta parede fizeram de Oxenfree um dos meus games favoritos de 2016.
Firewatch
Eu tenho um certo problema com histórias em que o final não é aquele Final Feliz mágico e perfeito que só a ficção pode nos proporcionar, já que a vida não é esse mar de rosas. E, estranhamente, eu gostei muito de Firewatch por ele ser justamente o contrario disso. Já houve uma época da minha vida em que eu visualizava vídeo games e outras mídias como uma forma de arte que poderia sempre ser feliz e então nos proporcionar a felicidade desse universo, mas isso passou. Firewatch foi um game que joguei em uma das maiores crises de depressão que eu já tive, que já durava mais de um mês; e eu não poderia me identificar mais com o Henry, protagonista da trama que, depois de um problema muito sério e muito triste na sua vida (sem spoilers!), decide fugir de todas essas tristezas e mágoas que a vida nos da e ir trabalhar no meio de uma floresta isolada, como vigilante de incêndios.
Nada pode te matar ou te ferir em Firewatch – muito menos te fazer perder o jogo -, o principal é andar pela grande floresta que serve como cenário ouvindo os conselhos de Delilah no WalkTalk, a outra protagonista que também trabalha como vigia de incêndios em uma cabana do outro lado da floresta. O relacionamento de Henry e Delilah cresce juntamente com os mistérios que embalam a história, que envolvem bilhetes, caixas misteriosas, adolescentes bêbadas e mais sutilezas que vão montando o quebra cabeça. E apesar de nunca vermos o rosto de nenhum deles e poder apenas ouvir Delilah, nunca vê-la, é tudo tão absurdamente humano e sincero que me fez ficar um bom tempo digerindo tudo aquilo numa sofrência ruim, mas que valeu a pena. Como numa ressaca após misturar antibióticos com bebida (não façam isso).
Overwatch
Eu preciso mesmo falar alguma coisa sobre esse jogo? Merecidamente o melhor game do ano segundo o TGA e vários grandes sites por ai. Fiquei feliz de reviver o meu gosto por games online e em equipe, já que a última experiencia marcante que tive nesse sentido foi League of Legends. Ainda não parei de jogar Overwatch, apesar de o hype ter diminuído bastante, e espero continuar assim por um bom tempo.
TEJE COMPRADO OVERWATCH
— snapchat: leticinios (@Leticinios) 23 de maio de 2016
Se você passou 2016 em baixo de uma pedra e não conhece Overwatch, sugiro que aba uma nova abra no seu navegador agora e se dê de presente de ano novo esse game FPS fantástico e super colorido. Ele me lembra os MOBAS famosos da atualidade por cada personagem ter suas próprias habilidades, jogabilidade e estratégias; diferente de fps convencionais aonde a diferença muitas vezes está nas armas utilizadas.
O principal para mim, de qualquer forma foi poder gastar horas e horas da madrugada jogando com meus amigos online, que é o principal do jogo. Muitos reclamam que Overwatch “não tem história/campanha” e custa R$150; eu sinceramente não vejo problema algum nisso e digo: vale a pena.
Inside
Talvez o mais polêmico dessa minha lista, afinal eu fiquei um bom tempo negando esse jogando e passando raiva. O final me irritou bastante, não quero dar spoilers mas eu esperava TUDO menos aquele final… De resto, Inside é maravilhoso em vários sentidos, e seu cenário sombrio e dark me cativou bastante. Eu não esperava menos da Playdead (estúdio de Limbo) menosaquelefinalafgaleraqueissoviu, e apesar da minha raiva – que muitos viram ao vivo no twitter – admito que Inside mereceu as indicações do TGA que recebeu.
Ta vendo essa coisa cabeluda no gif aqui em cima? Eu fiquei horrorizada com ela. Na verdade eu fiquei basicamente horrorizada com tudo nesse jogo pois sou a pessoa mais medrosa da face da terra; mas essa coisa e os primeiros instantes de jogo – meio desesperadores e perdidos – me deram nos nervos.
Inside é um game plataforma cheio de puzzles super creepys e com “cara” de side-scroll (não cheguei a uma conclusão exata sobre se isso é um side-scroll ou não, e outro dia 3AM estava eu discutindo sobre isso no Facebook, mas enfim…), que você termina em uma sentada; 1. porque é curtinho, tem umas três horas de duração, e 2. porque ele vai te deixar tão tenso e nervoso para saber aonde aquilo tudo vai dar que você não vai conseguir levantar.
Jogue e partilhe o “amoródio” por esse jogo comigo.
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Ufa, acabou! Espero que 2017 seja tão produtivo no quesito “jogar joguinhos” quanto 2016. Algumas menções honrosas de jogos seriam: Final Fantasy XV, The Last Guardian, Civilization VI, Abzu, e Pokemon Go se inscrever no canal! Não esqueça de para assistir os vídeos de gameplays que faço por lá.