Tenho uma insatisfação crônica com a cor natural dos meus cabelos (loiro claro); e esse fato somado a minha loucura, resulta em eu pintando os cabelos a cada dois meses. Ou menos.
Certa vez ocorreu um pequeno fail: eu ia apenas retocar a raiz e deixar o ruivo alaranjado com mechas loiras que já estava, mas acabei comprando a tinta errada e meu cabelo ficou um ruivo cereja rosado que eu adorei.
Sinceramente eu espero que vocês não se surpreendam vendo eu pequena e loira, pensando como pode eu ter mudado tanto. Até uns 7 anos eu tive o um cabelo mamãe-cortou, com franjinha e natural, sem volume e loirinho.
Depois me enchi o saco da franja, deixei ela crescer até ficar do mesmo tamanho que o resto do cabelo, comecei a colocar as mechas por trás da orelha e o loiro dourado continuava. Bem diferente de hoje em dia.
Em 2010/2011 foi que eu pirei de vez e pintei o cabelo com cores fortes. Além do corte – que virou um um repicado maluco com franja parecido com um “tradicional scene” (que fazia sucesso na época) -, começaram as mechas californianas rosas, que eu fiz nas férias quando fui visitar meu pai. Eu morava com a minha mãe na época, e ela não deixava eu pintar de jeito nenhum.
Depois de muito bater o pé contra ela, e finalmente consegui a autorização para pintar tudo de um roxo neon. Infelizmente não achei fotos, não sei por que. Talvez eu tenha formatado o computador na época e como ainda eram tempos de orkut (sdds migo!), todas as fotos talvez tenham se perdido quando eu exclui o meu.
No começo de 2012 dei um tempo nas pinturas (pra poder pirar de novo depois); e meu cabelo agora era moreno, graças a química. É comum que cabelos pintados por muito tempo comecem a escurecer. Mesmo assim, hoje em dia se eu passo alguns minutos no sol minhas raízes já começam a ficar loirinhas.
Comecei a corta-lo em casa. Uma solução mais barata e que me salvava de ficar preocupada com um cabeleireiro entendendo errado meus pedidos e fazendo outra coisa. Além da tesoura, eu usava (e até hoje uso) uma gilete para repicar as pontas. Deixei ele com o triplo de volume do que ele tinha e sempre usava as mãos para aumentar ainda mais o volume.
Quando voltei a pintar decidi realizar um sonho de criança: ficar ruiva. Desde pequena eu sempre quis ser ruiva, mas não tenho muita certeza de onde começou isso. Só sei que catei a primeira tinta te farmácia que vi e pintei em casa mesmo. O resultado foi um ruivo que parecia super natural (tinha quem desacreditava quando eu dizia que era pintado) e que me deixou muito feliz. Ainda sim, era pouco.
Como nada é perfeito, depois de um tempo a tinta começou a desbotar e a minha raiz a crescer. Já me reconhecendo uma viciada em pintar os cabelos. Mudei o tom de ruivo, deixando mais sangue e menos alaranjado-natural; reforcei a curva da minha franja e repiquei mais ainda as pontas.
Em Julho voltei ao ruivo alaranjado, mas dessa vez inspirada no apelido que me foi dado no colégio (Charmander, aquele pokemon que você sempre escolhia), e fiz mechas loiras no cabelo. Passei gilete de novo, aumentou o volume e deixou bem mais natural. Desisti de franjinha de lado e resolvi só usa-la pra criar volume.
Nenhum vermelho era vermelho o suficiente! Segui pintando sem parar, e repicando sem parar. As tintas de farmácia, misturadas com tonalizantes de um vermelho mais fantasia, atendiam muito bem as minhas demandas e ajudavam a hidratar meu cabelo.
Entre indas e vindas, houveram outras cores em mechas e no cabelo inteiro. Teve uma vez que passei uma semana com cabelo verde. Fiz mechas amarelas. Pintei sem querer de moreno de novo. Uma bagunça.
Agora uso a mesma tinta faz quase quatro anos. Talvez porque eu tenha começado – finalmente – a anotar exatamente qual cor eu estou usando em vez de só sair na farmácia comprando tintas alopradamente.
Ufa! É muito cabelo para uma pessoa só, né? Se quiser saber exatamente como eu faço meu cabelo atual, é só conferir a FAQ do blog.
