Setembro desde ano é, definitivamente, o mês dos eventos para mim. Tivemos primeiro Bienal do Livro, do final de agosto até 4 de setembro , depois Brasil Game Show (sai um vídeo no canal em breve sobre a tal) e ainda tem Beauty Fair no próximo final de semana (dias 11 e 12). É muita coisa, mas graças a Odin eu consegui me organizar para curtir tudo e conhecer um bastante de cada evento e stand, e to aqui hoje para falar um pouquinho da Bienal do Livro, as compras que eu fiz e o que eu vi por lá! 💙
O último dia e os preços mais baixos
Eu só consegui ir no último dia da Bienal do Livro por conta da faculdade e da Brasil Game Show. Abri mão de ir domingo na BGS, um dia muito cheio e que não da pra fazer quase nada, para aproveitar o último dia de bienal e suas PROMOÇÕES! Sim, o último dia de Bienal é o melhor dia para ir à feira literária, quando todos os livros estão em promoção e os stands estão desesperados para vender produtos e serviços. Além dos sebos e stands de lojas (não editoras) que já vendem seus livros a preços mais baixos, promoções do tipo “leve 2 pague um”, “três livros = 30% de desconto” começam a surgir!
Eu infelizmente não comprei muita coisa neste ano, afinal agora no segundo semestre tenho leituras demais da faculdade, mas consegui aproveitar os preços baixos no stand da Editora Gutenberg e no da Martin Fontes! Mais sobre as comprinhas tem no final da postagem.
Os livros, as pessoas e os stands
O último dia estava lotado, ao total foram 684 mil pessoas passando pela feira e certeza que metade desse número foi só o pessoal do dia 4 de setembro. A última Bienal que fui foi a de São Paulo em 2014, e não senti muita diferença entre os dois eventos fora as novidades literárias, a programação e os stands. Tudo continua tendo aquela mesma vibe gostosa de Paraíso dos leitores/Viciados em comprar livros, hahaha.
Os quadrinhos e mangás, que antes ficavam bem limitados à stands e editoras específicas, estavam por toda parte. Quadrinhos originais ou adaptações de livros e filme, todo stand tinha o seu. Até parei para admirar a coleção completinha de Assassination Classroom exposta orgulhosamente numa prateleira do evento.
Infelizmente não consegui aproveitar nenhuma das atrações como as mesas redondas, os workshops ou entrevistas, acabei dedicando o meu dia inteiro à andar e conhecer os stands e não tive tempo. Mas tudo bem, 2018 tem mais! 😋📚
Livro de youtuber na bienal?!
Desde que a Kéfera lançou seu primeiro livro que a polêmica dos livros de youtubers existe. Depois dela foram vários a lançar suas próprias versões encapadas de seus canais – mesmo sendo o Felipe Neto o primeiro youtuber brasileiro a lançar um livro -, sejam youtubers dinossauros como Pc Siqueira com Pc Siqueira Esta morto, ou da Bel Para Meninas, de apenas 8 anos de idade, com Segredos de Bel Para Meninas.
Na Bienal do Livro é obvio que eles estavam presentes, aos montes, em áreas de destaque das prateleiras e ao lado dos autores numa mesa pronto para os autógrafos. Tinha até de youtuber que eu nunca tinha ouvido falar na minha vida com filas quilométricas de fãs querendo uma cópia autografada. De qualquer forma o furdúncio maior é: estas pessoas merecem e podem estar ali? E esses livros são realmente literatura e podem de alguma forma ser bons? Lembro de uma vez ver uma postagem de uma amiga que falava basicamente da mesma coisa, a presença de youtubers em eventos de animes – muitos que nem sequer falavam da cultura japonesa – que, no final, eram necessários para ajudar a bancar os eventos, pois traziam muito público.
Mas muito além disso eu creio que os livros de youtubers possam ser uma entrada importante na leitura. Conversando com algumas crianças e pré adolescentes pela feira descobri que a maioria deles leu um ou dois livros dos seus youtubers favoritos como primeiro livro da vida, e depois buscou por influenciadores que tem mais base na hora de escrever mas que ainda tem muito conteúdo online, como as autoras do livro Um ano inesquecível, Babi Dewet, Thalita Rebouças, Paula Pimenta e Bruna Vieira, que causaram uma das maiores filas que eu vi em todo evento. Sinceramente, acabo não sabendo como isso pode ser prejudicial a alguém. Claro, é só o livro não ter merdas escritas, mas ai é mais problema de alguns youtubers como pessoas do que como autores, isso sem falar nos revisores e na editora que deixam certos conteúdos passarem. Afinal, também temos autores não-youtuber falando bobagem por ai, certo?
Minhas compras! 🙂
- Um ano inesquecível – Amazon, R$20,30
- O general em seu labirinto – Saraiva, R$26,90
- O mundo de dentro: Bruna Vieira em quadrinhos – Amazon, R$29,50
- Azul é a cor mais quente – Americanas, R$24,50
- Kindle Paperwhite – Amazon, R$479,00
Este ano consegui comprar um Kindle Paperwhite na promoção da Amazon de pré-Bienal. Aproveitei a necessidade de eu ter que ler uma penca de pdfs para a faculdade (já que ler no computador e celular ser super desconfortável) e a economia que posso ter baixando ebooks para dizer: é hoje, e comprei. Já tem um monte de livrinhos na minha biblioteca, apesar de eu não ter conseguido me organizar direito com eles, e logo mais faço um review do gadget.
Além do Kindle e seus ebooks, eu aproveitei as promoções do último dia da feira como disse no início do post. Passei a maior parte do tempo no stand do grupo Autêntica – conversando com leitores e expositores-, e estou numa vibe de leituras chick-lit teen, por isso comprei dois livros da minha amada Bruna Vieira, uma em quadrinhos (que já li! Resenha em breve) e um de contos junto com mais três autoras. No stand da Martin Fontes ainda peguei mais um quadrinho: Azul é a cor mais quente, uma história LGBT que acabei conhecendo pelas divulgações do filme. Que, por sinal, nunca assisti.
Eu finalmente estou tendo mais tempo para aproveitar conteúdo de entretenimento como livros, quadrinhos, séries, filmes, animes… E estou muito feliz porque ai consigo transformar minhas experiencias com isso em conteúdo para vocês. É ótimo quando a gente consegue se organizar pra fazer uma coisa tão importante como ler, já que a vida as vezes transforma até coisas bem simples em confusão. Que bom que eu sempre dou um jeito.
